Olá querido estudante, você acaba de entrar na plataforma de aprendizado do professor William Poiato, abaixo teremos o roteiro de um encontro sobre a Geografia e a Produção:
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Primeiro devemos nos perguntar: O que é a geografia?
Uma das primeiras tentativas foi feita por Estrabão , escrevendo 17 volumes de um livro com nome da disciplina, alinhando aquilo que seria o inicio de uma longa e tortuosa jornada da Geografia para definir-se.
Os livros de Estrabão basicamente eram descrições de povos e locais de todo o mundo que lhe era conhecido à época. Isso irá marcar a Geografia entre o séc I e o século XIX.
Colecionam-se aventureiros e a literatura de vagem e no máximo geológica dominam a área por mais de 1000 anos, Colombo e Von Humboldt fazem parte de nossa larguíssima coleção, uns mais descritivos, outros poético e muitos filosóficos relatos de povos e lugares, na longa caminhada da Europa para botar o mundo de joelhos.
Até que, com não só o renascimento universitário, mas também duas necessidades surgem do pensamento social superior: Justificar os Estados nascentes, compreender seus movimentos e o novo mundo que se desenhava. Nisto, uma série de reflexões se aglutinam na fundação das disciplinas sociais, e a Geografia cientifica nasce neste período, dois processos e pensadores valem destaque:
Friedrich Ratzel: Pesando o nascente espaço territorial alemão e de tradição eminentemente Prussiana, gera o conceito de espaço vital, assim como os animais possuem um espaço mínimo para a sua sobreviveria o Estado/sociedade (analisados como uma coisa única) também necessitariam de um espaço, a ligação entre os Estado e o espaço neste caso é de causa e efeito, ou seja, direta. O ecúmeno, o lugar onde o homem vive, é expansível e suas fronteiras são hostis ao homem, neste meio forma-se o Estado, se uma sociedade possui menos espaço útil de que necessita ela deve conquista-lo.
Vidal de La Blache: justificando as ações imperiais francesas, desenvolve o conceito de gêneros de vida, apresenta que cada gênero de vida floresce e desenvolve seu espaço a sua maneira e fazem parte da transformação das paisagens e se conformam em regiões. separando os gêneros de vida entre superiores e inferiores, bárbaros e civilizados, avalia que a missão francesa é a de exportar sua forma superior para outros agrupamentos humanos, desfavorecidos.
A geografia avança e chegamos à uma figura importante, que desvela esta geografia estranha à dinamismo e ao mundo real. Yves Lacoste abre alas para que uma segunda geografia tome seu espaço, uma geografia dos de baixo.
Lacoste escreve um livro, Geografia: Isto Serve, Antes de mais nada, para fazer a guerra, onde determina que a grosso modo há duas geografias em jogo sempre:
1- Uma geografia escolar, descritiva. escolástica, exaustiva, romântica e sumariamente inútil
2- Uma geografia da guerra, a geografia do Estado e do empresariado
O trabalho do geografo a partir de então seria preparar aquele que lhe ouve ( camadas populares em geral) também para a guerra.
Este é o sinal verde para que a geografia marxista, anarquista e pós moderna inunde o ocidente, no Brasil se desenvolve em plena ditadura com o nome de Geografia Crítica ou Geografia Radical, que em ampla base refunda também a geografia brasileira.
O Principal nome da Geografia Brasileira é desta corrente, Milton Santos:
Vamos ao mundo real, ao seu trabalho.
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